Invepar fecha 2017 com Ebitda de R$2 bilhões e apresenta crescimento de 9,6% em relação a 2016

  • Ebitda Ajustado apresenta crescimento de 9,6% em relação a 2016
  • Receita Líquida Ajustada totaliza R$ 3,7 bilhões e registra crescimento de 6,4%

Rio de Janeiro, 20 de março de 2018 – A Invepar divulgou nesta terça-feira os resultados financeiros e operacionais referentes ao exercício de 2017, primeiro ano completo em que 100% das empresas estiveram em operação. O grupo se manteve como o maior operador de aeroporto privado e de mobilidade urbana do país e o segundo maior em rodovias. Em 2017, o EBITDA ajustado foi de R$ 2 bilhões, gerando crescimento de 9,6% em comparação a 2016, desconsiderando o efeito da venda da LAMSAC e PEX Peru. Além disso, a Receita Líquida Ajustada totalizou R$ 3,7 bilhões, um aumento de 6,4% em relação ao ano anterior. Dentre os principais impactos positivos para o resultado estão a retomada do número de passageiros, principalmente internacionais, e o crescimento da movimentação de cargas, ambos em GRU Airport, além do aumento de receitas no segmento de Rodovias.

Ao longo de 2017, a Invepar mostrou mais uma vez resiliência e saiu ainda mais forte do quarto ano da crise reputacional do setor de infraestrutura e do terceiro ano de crise econômica no país. A empresa concluiu um plano de auditoria profundo e abrangente, que incluiu ABC due dilligence em todas as suas empresas, auditorias forenses, além do fortalecimento do plano de auditoria interna. A Invepar também  olhou para dentro do grupo, criou sinergia por meio do compartilhamento de estruturas e negociações conjuntas, reduzindo custos e recuperando margens.

Em 2017, foi antecipado o pagamento de R$ 460 milhões referentes à Outorga Fixa de 2018 de GRU Airport. Com isso, do ponto de vista econômico-financeiro, o aeroporto passa a ter capacidade para cumprir de maneira independente – por meio da geração de caixa próprio - todas as obrigações e investimentos necessários para o ativo a partir de 2018. Em virtude das frustrações das premissas econômico-financeiras do leilão do terceiro lote de rodovias, no terceiro trimestre de 2017, a Invepar solicitou a adesão da Via 040 ao processo de relicitação - proposto pelo Governo Federal nos termos da lei 13.448/2017 - e aguarda a evolução do processo junto aos órgãos competentes. Outro destaque de 2017 foi a quarta emissão de debêntures da Companhia, proporcionando uma melhora da liquidez da empresa em 2018.

No Resultado do Exercício de 2017, a Invepar apresentou uma melhora de 99,1% em relação a 2016, se excluídos os efeitos não recorrentes de venda da LAMSAC. A atualização da Outorga Fixa de GRU Airport permanece como o principal impacto no seu resultado. Caso a variação do índice IPCA do período fosse nula, não haveria saldo a contabilizar. O grupo registrou resultado de R$ 482,6 milhões negativos, em 2017, comparado aos R$ 960,8 milhões negativos do ano anterior. Esta melhora do resultado confirma o que a Invepar vem informando ao mercado sobre o ciclo de maturação dos seus investimentos e o retorno no longo prazo.

Ciclo de maturação Invepar em números1

Nota:

(1) Exemplo gráfico da curva J e as empresas do grupo Invepar em seus estágios de maturação.

(2) Desconsidera os impactos do IFRS em relação à Receita e ao Custo de Construção e a Provisão para Manutenção

As empresas Plenamente Operacionais apresentaram maturidade e resiliência operacional, sendo demonstradas pelos resultados positivos. Em 2017, o total do lucro líquido desse grupo foi de R$ 129,7 milhões.

As companhias em Operação Recente, que encerraram o período de elevado volume de investimentos, mas ainda estão em fase de desenvolvimento de suas operações, alcançaram, no ano 2017, um EBITDA ajustado de R$ 1,6 bilhão. Em relação ao resultado, apresentaram um prejuízo de R$ 619,4 milhões. GRU Airport ainda permanece neste grupo devido à contabilização da outorga fixa.

Ao analisar a totalidade das empresas do grupo Invepar, é importante destacar que este foi o primeiro ano completo em que 100% das empresas do grupo estão operacionais e arrecadando, ou seja, um patamar de menor risco no ciclo de crescimento do grupo. Pode-se considerar, então, que as empresas do grupo estão em estágios iniciais de maturidade, portanto a Invepar como portfólio se encontra no estágio de Operação Recente.

Desempenho operacional

(1) Bases comparáveis: foram excluídas as seguintes empresas (i) LAMSAC, conclusão da venda em nov/16 e (ii) ViaRio, início da arrecadação em ago/16

(2) Exclusão dos números do VLT Carioca que teve início da arrecadação em jul/16 e dos números da Concessão da Linha 4, operada pelo MetrôRio, que teve início da arrecadação em set/2016.

No segmento de Aeroportos, o tráfego de passageiros em GRU Airport foi de 37,8 milhões no ano de 2017, apresentando um crescimento de 3,2% em relação a 2016, resultado esse influenciado positivamente por novas rotas domésticas e internacionais e também por uma menor volatilidade do câmbio. A movimentação de cargas no conjunto que consolida importação e exportação aumentou em 15,6% no ano de 2017, comparado ao mesmo período do ano anterior. O resultado foi motivado, principalmente, pelo aumento das importações nos segmentos automotivo, máquinas e têxtil.

No segmento de Rodovias, o tráfego consolidado em 2017 atingiu 236,3 milhões de Veículos Equivalentes Pagantes (VEPs), representando uma queda de 18,7% em relação ao ano anterior, influenciado, principalmente, pela venda da via expressa urbana LAMSAC em Lima, no Peru, que em 2016 contribuiu com 59,1 milhões de VEPs. Excluindo o efeito da LAMSAC e da ViaRio, que iniciou sua arrecadação apenas em agosto de 2016, o número total de VEPs caiu 2,6% comparado ao ano anterior, impactado principalmente pela retração econômica onde as concessões estão localizadas.

Em Mobilidade Urbana, 2017 foi o primeiro ano completo de funcionamento dos mais recentes investimentos da Invepar no segmento no Rio de Janeiro. Ao todo, 256,2 milhões de passageiros foram transportados em 2017, um crescimento de 0,4% em relação ao ano anterior. Para uma melhor comparação da variação dos passageiros transportados, foram excluídos os números do VLT Carioca e da Linha 4 do MetrôRio. Em bases comparáveis, a queda de passageiros transportados foi de 15,7% em relação a 2016. Essa redução deveu-se, principalmente, à crise econômica do país, que teve impacto forte no Rio de Janeiro após o fim dos grandes eventos de 2016 e que causou a redução de pessoas utilizando o transporte público.

Resultado do exercício

O resultado do exercício do ano de 2017 foi 99,1% melhor em relação a 2016, desconsiderando o efeito da venda da LAMSAC e PEX Peru. A atualização da Outorga Fixa de GRU Airport permanece como o principal impacto no resultado do exercício. Apesar de os R$ 739,5 milhões não terem efeito caixa, seu impacto reverte o resultado para território negativo. Caso a variação do índice IPCA do período fosse nula, não haveria saldo a contabilizar e o resultado do trimestre seria de lucro de R$ 256,9 milhões.

 

Conforme pode ser verificado no gráfico abaixo, o resultado operacional foi impactado por efeitos não operacionais, sendo alguns deles não caixa. A atualização e a amortização da Outorga Fixa de GRU Airport tiveram o principal impacto no resultado financeiro de 2017.

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