Invepar obtém lucro de R$ 409,1 milhões em 2016

Sexta-feira, 31 de março de 2017
 
A Invepar divulgou, em 29 de março, os resultados financeiros e operacionais referentes ao exercício de 2016, ano em que 100% de suas concessões tornaram-se operacionais, com o início da geração de receita do VLT, ViaRio e Linha 4 do Metrô. A companhia obteve lucro de R$ 409,1 milhões e EBITDA de R$ 4,2 bilhões, impactados principalmente pelo ganho na venda da LAMSAC, finalizada em dezembro de 2016. A empresa encerrou o ano de 2016 com redução da dívida líquida de 29,4% em relação ao ano anterior, no valor de R$ 7.665 bilhões. Já a Receita Líquida Ajustada atingiu R$ 3,5 bilhões no ano de 2016, um crescimento de 11,1%.

O plano de crescimento, DNA da Invepar, teve continuidade em 2016, com investimentos que totalizaram R$ 710,5 milhões, dos quais R$ 343,7 milhões em Rodovias, R$ 226,4 milhões em Mobilidade Urbana, R$ 139,7 milhões em Aeroportos e R$ 0,7 milhão na Holding. E, apesar do cenário macroeconômico desfavorável, a Invepar demonstrou sua capacidade de resiliência e realizou importantes entregas, como o primeiro trecho do VLT Carioca, a operação da Linha 4 do metrô e a ViaRio. 

A companhia reduziu a dívida bruta consolidada em R$ 3 bilhões devido à alienação da totalidade das ações de emissão da LAMSAC para a francesa Vinci Highways S.A.S.. Na operação, foi gerado um ganho de R$ 2.903,3 bilhões. Este resultado expressivo ratifica a capacidade de geração de valor do Grupo, dado que o total obtido pela venda representa, principalmente, a antecipação do fluxo de caixa futuro esperado pela companhia. Como a Invepar possui outros ativos em fase de operação recente - ainda em estágio de crescimento -, a companhia considera que na fase de maturação há expectativa de uma sustentável geração de caixa. 

No âmbito da Governança Corporativa, o Grupo fez ajustes importantes em sua gestão. Em agosto de 2016, o Conselho de Administração nomeou Erik Breyer como diretor presidente da Invepar.
 

Resultados proporcionais à participação da Invepar em cada empresa

 

Nota: (1) Exemplo gráfico da curva J e as empresas do grupo Invepar em seus estágios de maturação. Resultados proporcionais das empresas e do Consolidado.
(2) Desconsidera os impactos do IFRS em relação à Receita e ao Custo de Construção e a Provisão para Manutenção.
(3) No saldo da LAMSAC são incorporados os montantes de LAMBRA Holding e PEX Peru. A LAMSAC e a PEX Peru foram vendidas no final de 2016.

As empresas Plenamente Operacionais apresentaram maturidade e resiliência operacional, demonstradas pelos resultados positivos. Em 2016, o total do lucro líquido deste grupo foi de R$ 136,7 milhões, desconsiderando as informações da LAMSAC.

As companhias de Operação Recente, que ainda passam por um período de maior volume de investimentos, alcançaram, no ano 2016, um EBITDA ajustado de R$ 753,4 milhões. Em relação ao resultado, este grupo apresentou prejuízo de R$ 663,7 milhões, sobretudo, devido à contabilização da outorga fixa do Aeroporto de Guarulhos.

O resultado das Não Operacionais, composto pela Holding juntamente com as eliminações e equivalência patrimonial, apresenta prejuízo líquido de R$ 984,3 milhões. O consolidado evidencia que a Invepar possui um conjunto maior de empresas em estágios iniciais de maturidade, portanto a Invepar como um todo se encontra no Estágio de Operação Recente.

Desempenho operacional

Indicadores Operacionais

2015

2016

 

Rodovias (MM)
 
 
 
Veículos Equivalentes Pagantes - VEPs
268,6
290,5
8,2%
Veículos leves
146,1
153,6
5,2%
Veículos pesados
122,5
136,8
11,7%
Veículos Equivalentes Pagantes - VEPs Comparáveis¹
169,4
161,1
-4,9%
Veículos leves Comparáveis¹
97,7
94,5
-3,3%
Veículos pesados Comparáveis¹
71,6
66,5
-7,2%
Mobilidade Urbana (MM)
 
 
 
Passageiros Transportados
233,6
245,7
5,2%
Passageiros Pagantes
211,1
220,7
4,5%
Relação Pagantes / Transportados
0,9
0,9
-0,6%
Aeroportos
 
 
 
Passageiros Total (MM)
39,0
36,6
-6,2%
Movimento total de Aeronaves (Mil)
295,0
267,8
-9,2%
Carga Total (Mil toneladas)
240,2
244,3
1,7%
(1) Bases comparáveis: foram excluídas as seguintes empresas (i) LAMSAC, conclusão da venda em nov/16;
(ii) ViaRio, início da  arrecadação em ago/16; e
(iii)  Via040, início das operações a partir de jul/15.n.m.: não mensurável.
No segmento de Rodovias, o tráfego consolidado em 2016 atingiu 290,5 milhões de Veículos Equivalentes Pagantes (VEPs), um crescimento de 8,2% em relação ao ano anterior, influenciado, principalmente, pela operação integral de arrecadação da Via 040 e o início da arrecadação da ViaRio. Para comparação, excluindo o efeito da LAMSAC após sua venda, Via 040 e ViaRio devido ao início da operação, a variação total de VEPs em 2016 comparado a 2015 foi menor em 4,9%, impactado principalmente pela retração econômica.
 
O segmento de Mobilidade Urbana atingiu 245,7 milhões de passageiros transportados em 2016, um crescimento de 5,2% em relação ao ano anterior. Em bases comparáveis, excluindo o VLT, que só começou a arrecadar em julho de 2016, o aumento foi de 3,1% em relação a 2015 de passageiros transportados pelo MetrôRio.
 
Já no segmento de Aeroportos, o tráfego de passageiros em GRU Airport foi de 36,6 milhões em 2016, apresentando uma redução de 6,2% em relação ao ano anterior. O movimento das aeronaves também foi impactado pela retração econômica, diminuindo 9,2% comparado a 2015. A movimentação de cargas no conjunto de importação e exportação sofreu acréscimo de 1,7% em 2016 comparado ao mesmo período do ano anterior.
 
Resultado do exercício
 
Conforme pode ser verificado no gráfico abaixo, o resultado operacional foi impactado por efeitos não operacionais, sendo alguns deles não caixa, como correção monetária e amortização da outorga fixa de GRU; despesas financeiras com empréstimos e financiamentos contraídos pelas empresas; maior depreciação em função do Terminal 3 em GRU Airport. Mesmo assim, o resultado de 2016 permaneceu positivo.
 

 

 

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